CapÃtulo 16 Julio Cezar Melatti Modificado em junho de 2002 Mapa da área População pano População ... ÂPágina do Melatti Esta área foi traçada de modo a abranger a maior parte dos Ãndios da famÃlia lingüÃstica pano. Não foi possÃvel incluir todos: ficaram de fora os parquenauas ou nauas da área Extremo Sudoeste da Amazônia, os majurunas da área Alto Amazonas, os chácobos, pacauaras e caxararis da área Alto Madeira. Por outro lado nela ficaram incluÃdos representantes de grupos não-panos mais numerosos em outras áreas: da famÃlia catuquina (canamari, tsohom djapá) da área Juruá-Purus, aruaque (campas, piros) da área Extremo Sudoeste Amazônico. Vamo-nos concentrar aqui nos panos, deixando os Ãndios de outras famÃlias lingüÃsticas para serem tratados nas referidas outras áreas. As sociedades falantes de lÃnguas panos apresentam muitas semeÂlhanças entre si e, num tipo de gênero hoje raro na literatura antropológica, Philippe Erikson (1993) nos oferece um sugestivo panorama geral das mesmas. Como é de se esperar, entretanto, há diferenças, sobretudo no que tange à organiÂzação social, entre aquelas instaladas à margem de um grande rio, como é o caso do médio Ucayali, e as sediadas nos altos cursos, portanto nas partes menos caudalosas, de rios como o Juruá e o Javari, e em seus afluentes. Além, disso, talvez também se possa distingui-las no que tange ao contato com os brancos: as do médio Ucayali têm contaÂto, inclusive com missões, desde o perÃodo colonial; as dos altos cursos do Juruá e Javari foram duramente afetadas pelo "boom" da borracha há um século; e, ainda nas bacias destes mesmos rios, há grupos que só iniciaram (ou retomaÂram) contato nos últimos cincoenta anos. | |
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